"Terminar sessão" no Facebook pode não ser suficiente

"Terminar sessão" no Facebook pode não chegar para garantir a privacidade. A observação foi feita pelo "hacker" australiano Nik Cubrilovic, que diz ser possível publicar actualizações de perfil mesmo que a sessão esteja terminada.


Segundo o especialista informático, quando o utilizador clica no botão "sair" do Facebook, o site deixa no computador um ficheiro que contém informações pessoais e continua a comunicar ao serviço elementos sobre a navegação do internauta.

A culpa parece ser das "cookies", pequeno ficheiro guardado no disco rígido do computador e no qual são guardadas as informações sobre o perfil do utilizador. O Facebook, como outros sites e serviços utilizam-nas, mas segundo Cubrilovic, quando o utilizador "sai", a "cookie" não é excluída mas apenas mudada. O utilizador continua a navegar sem saber que as informações estão activas.

"Se nos ligarmos ao Facebook a partir de um computador público, e clicarmos sobre "sair", deixamos impressões digitais para trás. Pelo que vejo, essas impressões digitais permanecem presentes até que alguém apague manualmente todos as "cookies" do Facebook a partir do computador", explica Cubrilovic.

"As cookies do Facebook não são utilizadas para espionar os internautas. Não é esse o papel. No entanto, usamos cookies para fornecer um conteúdo personalizado (...) melhorar o nosso serviço ou para proteger os nossos utilizadores e os nossos serviços (por exemplo para nos proteger de negações do serviço ou para solicitar uma segunda autenticação quando o utilizador se conecta a partir de um lugar pouco habitual)", responde Gregg stefancik, um engenheiro do Facebook, ao artigo de Cubrilovic.

Este debate sobre a utilização das "cookies" pela rede social acontece alguns dias depois da apresentação das novas funcionalidades do Facebook por Mark Zuckerberg, o fundador da rede social, durante a conferência F8 da rede social. Entre as novidades, há a possibilidade de determinados serviços publicarem automaticamente as informações do perfil dos utilizadores - por exemplo, as músicas que estão a ouvir em serviços como o Deezer ou Spotify.

Assim, ao visitar qualquer página que tenha botões ou "widgets" para compartilhar conteúdo no Facebook, os utilizadores podem ser identificados e as suas informações recolhidas, apesar de ter terminado a sessão.

"Estas aplicações pedem explicitamente permissão dos utilizadores antes de publicar as informações. Eu compreendo que fiquem inquietos se por exemplo instalarem esta aplicação sem saberem que ela pode publicar mensagens. Mas se ela vos traz problemas podem sempre mudar as permissões acordadas com esta aplicação nas configurações da conta", explica outro engenheiro do Facebook ao site "Hacker News".

in JN

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